Saúde não é medicina

O Projeto de Lei do Ato Médico defende a intervenção médica em tratamentos que inicialmente estam a cargo, por exemplo, da psicologia, nutrição e fonoaudiologia, ou seja, antes de se consultar com qualquer profissional da saúde o paciente deverá primeiramente ter o diagnóstico de um médico. O ponto mais conflitante dessa lei é a suposta desvalorização que ocorrerá, já que esses profissionais não terão mais autonomia em suas atividades.
A realidade da saúde pública no país é contrastante com o projeto, pois em hospitais e prontos-socorros não há médicos suficientes para toda população e muitas vezes o papel do enfermeiro é essencial em tratamentos paliativos. Os médicos são de extrema importância para o bom caminhamento da sociedade e tem um ofício comprovadamente glorioso, mas o reconhecimento dessa profissão não pode ocorrer, de maneira alguma, em detrimento de outras.
Muitos profissionais se passam por médicos, dando aos pacientes tratamentos e receitando-lhes medicamentos, o que foge se sua alçada, porém para evitar esse outro problema a solução é uma fiscalização mais rigorosa na saúde,e não limitando o campo de atuação de alguns profissionais.
A regularização da atividade médica deve ser feita, porém, com os devidos ajustes no projeto para que não ocorra invasão de competência nas outras áreas da saúde, visto que para cada profissão existe uma capacitação especifica que é independente do tempo de duração do curso ou da dificuldade para se ingressar.